sexta-feira, 22 de dezembro de 2017
Meu fardo é leve.
Mateus 11:30 (NVI)
Você acordou alguma manhã com um peso no coração, se questionando sobre quem você é, o que está fazendo nesse mundo, e quanto é insuficiente?
Como mãe de quatro meninos com 13 anos para baixo, eu tenho o privilégio de acompanhar o crescimento e desenvolvimento dos quatro, como indivíduos diferentes. Meu coração derrete por crianças, então a fase de quando eram bebês foi sempre a minha favorita. Eu gastei um longo tempo atendendo as mais repetitivas, comuns e menores coisas: lavando fraldinhas sujas, arrumando brinquedos, limpando as bagunças da refeição, lidando quando acordam no meio da noite. E ainda tem o hábito de ir treinando, disciplinando, ensinando, lembrando, advertindo, repetidas vezes, mais e mais. Uma necessidade atrás da outra, em um ciclo que nunca termina. É cansativo.
E irônico é que quanto mais anos passam, mais eu percebo o quão dolorosamente estou em falta. Quando você está profundamente envolvida no meio dessa situação, te faz questionar se algo vai ter resultado. Minha mente passeia, e as vezes me pego pensando: eu não consigo dar conta do recado, então talvez eu realmente seja a pessoa errada para isso. Além disso, quando meu tempo, meu corpo, meu espaço serão meus novamente? Quando eu posso comer uma sobremesa sem ter que dividir? Começa a frustação e a raiva.
O Senhor me lembra no Salmo 90 que o tempo é passageiro. Os dias podem parecer longos, mas os anos são curtos. Eu posso lutar para obter sentido e significado dessas tarefas repetitivas, mas isto não é o meu trabalho. Talvez eu não tenha todo o conhecimento e habilidades para ser a mãe perfeita, mas Deus não me exigiu ser perfeita. O que ele me pede é para eu estar presente e ser fiel guardando as menores coisas.
Somente Deus consagrará o trabalho das nossas mãos, e é Ele quem se oferece para pegar esse peso e nos dá em vez disso um jugo que é leve, um fardo que não esmagará.